Sonho olímpico: a expectativa de Nicole Silveira para Pequim-2022

3 de março de 2021

Foto: IBSF

Entre tantas descrições possíveis que podem ser feitas sobre si próprio no Instagram, a brasileira Nicole Silveira prefere não dizer quem ela é. Mas quem pode vir a ser a partir do ano que vem: uma atleta olímpica.

Com pés no chão, Nicole deixa claro que ainda espera ir a Pequim. Sabe que nada está garantido. Mas toda essa cautela não é adotada por pessoas que a cercam. Pense no orgulho de uma mãe de atleta para tentar entender episódios assim: “Esses dias fui olhar equipamento de academia para pôr em casa, e minha mãe começou a falar que sou atleta olímpica, a contar as histórias… Meus pais e amigos falam pra todo mundo. Eu digo ‘não, peraí’. Às vezes dá vergonha”, confessa.

O orgulho da mãe, Luísa, é compreensível. Há cinco anos, desporto no gelo sequer era assunto na casa da família Silveira. O desejo de ter em casa uma atleta olímpica também inexistia. Por ter praticado modalidades como futebol, fisiculturismo e dança – entre outras, os Jogos de Inverno nunca foram o foco. Até a vaga quase ser conquistada em 2018, através do bobsled, cuja iniciação se deu apenas um ano antes.

Foto: IBSF

Foi o começo de uma busca incessante. Focada, agora sim, em tornar-se atleta olímpica, Nicole vem através do skeleton – esporte para o qual migrou após a tentativa de qualificação em 2018 – alcançando marcas expressivas que de fato lhe dão motivos para acreditar na possibilidade de chegar a Pequim-2022. O Prêmio Brasil Olímpico 2019, na categoria Desportos no Gelo, foi um dos primeiros sinais. Mas um feito bem mais recente hoje lhe credencia como um nome bastante viável para os próximos Jogos. Em fevereiro deste ano, a brasileira de 26 anos alcançou o 17º lugar no Mundial de Skeleton. Foi o melhor resultado da história do país em mundiais de desportos no gelo (ao lado do 17º lugar de Aline Gonçalves e Marcio Cerquinho, no Mundial de Curling de Duplas Mistas, em 2018, em Östersund, na Suécia).

Adversárias de olho

Rivais de Nicole já vêm percebendo tamanha evolução. Recentemente, a atleta soube pelo treinador de declarações que a animaram. “As outras atletas iam falar com ele ‘como assim, uma brasileira está me vencendo?’ É legal escutar essas coisas. Para ano que vem, quero me qualificar e ter um resultado legal nos Jogos. Nada de medalha, que obviamente seria legal, mas não me parece possível, ainda. Para 2026, não sei se medalha, mas um top 10 seria bom. Tem que ver como vai ser o progresso e as questões orçamentárias”, projeta.

Foto: IBSF

Para alcançar a vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno, Nicole terá de terminar a próxima temporada entre as 25 melhores ranqueadas. Os pontos alcançados em 2020-2021 não serão computados.

Os principais compromissos de Nicole em 2021 iniciarão na metade de outubro, quando será realizado um período de treinamento internacional na China que não contará pontos para o ranking.

Foto: IBSF

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